domingo, 4 de março de 2012

Arquitetura Sustentável - O que é um projeto sustentável

Hoje os edifícios são os principais responsáveis pelos impactos causados à natureza, pois consomem mais da metade de toda a energia usada nos países desenvolvidos e produzem mais da metade de todos os gases que vem modificando o clima.
O projeto de arquitetura sustentável contesta a idéia do edifício como obra de arte e o compreende como parte do habitat vivo , estreitamente ligado ao sítio, à sociedade, ao clima, a região e ao planeta. Se compromete a difundir maneiras de construir com menor impacto ambiental e maiores ganhos sociais, sem contudo, ser inviável economicamente.
A elaboração de um projeto de arquitetura na busca por uma maior sustentabilidade deve considerar todo o ciclo de vida da edificação, incluindo seu uso, manutenção e sua reciclagem ou demolição. O caminho para a sustentabilidade não é único e muito menos possui receitas, e sim depende do conhecimento e da criatividade de cada parte envolvida.
“É extremamente importante que o profissional tenha em mente que todas as soluções encontradas não são perfeitas, sendo apenas uma tentativa de busca em direção a uma arquitetura mais sustentável. Com o avanço tecnológico sempre surgirão novas soluções mais eficientes.” (YEANG,1999)


Alguns princípios básicos devem nortear o projeto:
  • Avaliação do impacto sobre o meio em toda e qualquer decisão, buscando evitar danos ao meio ambiente, considerando o ar, a água, o solo, a flora, a fauna e o ecossistema;
  • Implantação e análise do entorno;
  • Seleção de materiais atóxicos, recicláveis e reutilizáveis;
  • Minimização e redução de resíduos;
  • Valorização da inteligência nas edificações para otimizar o uso;
  • Promoção da eficiência energética com ênfase em fontes alternativas;
  • Redução do consumo de água;
  • Promoção da qualidade ambiental interna;
  • Uso de arquitetura bioclimática.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Thaís Aurora - Arquitetura

Resumo sobre o texto: “Noções de clima e adequação da arquitetura”





O texto discorre sobre adequações da arquitetura as diferentes regiões e climas existentes no mundo possibilitando o conforto térmico ao homem. Os autores enfatizam regiões de clima quente e seco e o de clima quente e úmido que são prevalentes no Brasil.

Ao pensar em construir em um determinado local é necessário fazer um estudo prévio da região e do clima, pois fatores como relevo do solo, topografia, latitude, altitude, ventilação, radiação solar, luminosidade, umidade relativa do ar e outros mais irá definir os materiais que serão utilizados nas paredes (produtos com maior ou menor inércia), a quantidade de aberturas ou vedações do ambiente, o revestimento que deverá ser utilizado no solo, à escolha das cores claras ou escuras, a largura e a direção das ruas, etc.

Segundo Frota e Schifter (2001) “nas regiões predominantemente quentes no Brasil, a arquitetura deve contribuir para minimizar a diferença entre as temperaturas externas e internas do ar”. Eles falam sobre a principal diferença entre regiões quentes e secas e regiões quentes e úmidas que é o grau de umidade relativa do ar o que proporciona uma diferença grande ou pequena entre as temperaturas diurnas e noturnas. Isso quer dizer que quanto mais seco for o clima maior será a diferença entre a temperatura máxima e mínima, e quanto mais úmido, menor será essa diferença entre as temperaturas. Isso ocorre porque as partículas de água em suspensão no ar têm a capacidade de receber calor do sol e se aquecerem e também de formar uma barreira a radiação solar que atinge o solo durante o dia e, à noite, impedem que o calor seja dissipado.      

            Para os autores “as diferenças quanto à umidade relativa do ar vão requerer partidos arquitetônicos distintos em função da conseqüente variação da temperatura diária, a qual, basicamente, definirá as vantagens ou não da ventilação interna”. Ou seja, em clima seco as construções devem adotar partidos arquitetônicos que tenham, primordialmente, uma inércia elevada (a qual acarretará grande amortecimento do calor recebido e um atraso significativo no número de horas que esse calor levará para atravessar os vedos da edificação), devem também ser mais compactas diminuindo a superfície de contato com radiação solares, os edifícios devem ser mais agrupados fornecendo sombras uns aos outros, as ruas no sentido norte-sul devem ser estreitas (para receberem sobras das edificações), os espaços abertos devem conter espelhos de água, chafarizes ou outros soluções semelhantes o que proporciona a elevação da umidade do ar.

Diferente do clima seco, no clima úmido, as construções devem apresentar uma inércia de média a leve, porém com elementos isolantes nos vedos, para impedir que grande parte do calor da radiação solar recebida pelos vedos atravesse a construção e gere calor interno em demasia, devem também apresentar grandes aberturas privilegiando a entrada dos ventos, porém com proteção nas mesmas impedindo a entrada da radiação solar, em relação as edificações elas devem ser projetadas de forma que permitam a ventilação cruzada no seus interiores e as construções devem ser alongadas e perpendiculares em relação ao sentido do vento predominante, as ruas que estiverem localizadas perpendicularmente à direção dos ventos dominantes devem ter dimensões maiores, para evitar que construções situadas em lados opostos das ruas funcionem como obstáculos aos ventos.

Em ambos os climas o pedestre deve poder caminhar em espaços protegidos da radiação solar direta, essa proteção pode ser realizada por vegetação, marquises, toldos, projeções de andares acima do térreo e outras opções.